sábado, abril 01, 2006
A vida passa...numa velocidade de trem bala!!
Hoje é primeiro de abril. É dia da mentira mas não tive a iniciativa de envolver ninguém em estórias e fantasias. Parece que isso não faz mais parte do cotidiano das pessoas nos tempos modernos. Pelo menos do meu não. Mas é que tenho outras prioridades, mil inquietações que não deixam espaço divagações e afloramento de ludicidades inofensivas que só fazem descontrair. Mas a época de cuca fresca, se é que existiu isto na minha vida, acabou.
Relendo meus primeiros "desabafos" vejo que mais de dois meses se passaram e me parece que nada mudou e ao mesmo tempo tudo mudou. Pareço confusa? E estou. Talvez uma análise à luz da dialética possa confrontar essa discrepância da minha fala que reflete minha confusão interior.
Ainda não progredi em nada no meu projeto de pesquisa do mestrado, muito pelo contrário, o que eu achava que já estava definido (o enfoque na psiquiatria) agora foi tudo por terra. Tudo agora tem que ser reformulado. É por isso que estou ainda mais estagnada.
Além do mais outro tormento passa a me assolar com muita veemência. Explico melhor: o mestrado que faço é reconhecido pelo Conselho Estadual de Educação mas ainda não foi certificado com a recomendação da CAPES. E a Efoa, que agora é Unifal (UNIVERSIDADE Federal de Alfenas), mas especificadamente o curso de Enfermagem, abriu concurso para suprimento de 3 vagas, com o pré requisito obrigatório de Mestrado recomendado pela CAPES.
Percebam que fiquei numa situação extremamente insatisfatória.Três vagas já foram descartadas para mim, pois não tenho o diploma de mestrado e mesmo que tivesse de nada valeria pois não tem a tão famigerada recomendação! Então, passo a refletir sobre todo meu esforço, todo meu investimento pessoal e financeiro neste mestrado, será em vão?
E por falar em esforço, acho que vale a pena fazer um breve comentário sobre o que está representando fazer este mestrado. Confesso que não foi e não está sendo fácil. E olha que engravidei logo no inicio do curso, o que não foi motivo de ausentar-me das aulas. Mas por outro lado, meu estado emocional ficou bastante abalado com minha última gravidez. Quando fiquei grávida( +- 10 de março/2005) o Carlos Eduardo só tinha 1 aninho e eu não esperava por tamanha surpresa. Nos meses que se seguiram após a descoberta da minha gravidez vivi momentos de muitas incertezas e questionamentos. Meu emocinal ficou visilvelmente abalado, aliado a algo que havia me acontecido quase que simultaneamente: minha saída da Unifenas no mes de março. Foi um momento muito complicado, onde aos poucos eu fui me sentindo insegura, mergulhando num mar de emoções dúbias, com uma instabilidade de humor aberrante.
Conciliei mestrado, gravidez, trabalho, maternidade da forma que pude naquele momento. Procurei dar o melhor de mim mas muitas vezes meu máximo estava muito aquem do mínimo esperado/exigido.
Uma atividade do mestrado do primeiro semestre do mestrado não consegui realizar em tempo. E nem era algo tão difícil assim. Um artigo, de escolha livre do tema... E isso me atormentou muito. As demais atividades fui fazendo pouco a pouco num ritmo que era meu desempenho possível. Mas não foi o suficiente e acumulei tarefas para este terceiro semestre do curso.
Terceiro semestre! O tempo passa numa velocidade implacável! A percepção que tenho do tempo é de uma fera indomável, veloz como um leopardo, que não se deixa alcançar. E vivemos todos em função de recuperar o tempo perdido.
Devorador, feroz, fugaz...assim é o tempo.
Continua...
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